Esquema de corrupção em hospital de Arapiraca leva a indiciamento de vereador e médico
A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito sobre um esquema de corrupção no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, indiciando um vereador e um médico por diversos crimes, incluindo corrupção e agressão.

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) concluiu, nesta sexta-feira (30), o inquérito que investigava um esquema de corrupção dentro do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca. Um vereador da cidade e um médico da unidade foram indiciados por uma série de crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, injúria, difamação e agressão.
De acordo com o delegado Edberg Oliveira, responsável pelo caso, o vereador levava pacientes diretamente ao hospital nos dias em que o médico investigado estava de plantão. Esses pacientes eram atendidos sem triagem, sem ficha médica e sem urgência comprovada, em desacordo com as normas do SUS. O médico realizava os atendimentos de forma particular, utilizando a estrutura pública para benefício próprio.
O esquema veio à tona após um incidente em 19 de maio, quando o vereador tentou forçar a entrada de vários pacientes sem autorização. Ao ser impedido por um vigilante, ele reagiu com agressões físicas e verbais, causando um tumulto que paralisou os atendimentos de emergência por quase duas horas. O médico também teria pressionado a equipe para permitir a entrada irregular.
"A conduta configura corrupção dentro do serviço público de saúde, agravada pelo prejuízo direto à população que aguardava atendimento de urgência", afirmou o delegado. A situação só foi controlada com a chegada de um policial militar.
O inquérito será encaminhado ao Ministério Público (MP), que deve avaliar o oferecimento de denúncia formal contra os envolvidos.
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