Em um dia de agenda econômica movimentada, o dólar encerrou o dia em forte alta, cotado a R$ 5,695, com um aumento de 0,89%. A moeda americana chegou a atingir R$ 5,717 na cotação máxima. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda de 0,35%, aos 139 mil pontos.

Cenário Doméstico:

Preocupações Fiscais: O mercado demonstra grande preocupação com a situação fiscal do Brasil e um possível enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a polêmica envolvendo o aumento do IOF.

IOF: O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, anunciou que o governo estuda alternativas ao aumento do IOF, após a reação negativa do mercado financeiro às medidas anunciadas na semana passada. Agentes do mercado temem que o Congresso derrube o aumento do imposto, dificultando o ajuste fiscal.

Caged: Os dados do Caged de abril surpreenderam positivamente, com a criação de 257.528 vagas de emprego formal, o maior número para o mês desde 2020. O resultado superou as expectativas do mercado, que estimavam cerca de 175 mil novas vagas.

Azul: A companhia aérea Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, buscando reestruturar suas dívidas e otimizar sua frota. A empresa pretende eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida.

Cenário Internacional:

Ata do Fed: A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Banco Central dos EUA (Fed) revelou preocupação com a persistência da inflação. O documento indicou que a economia dos EUA pode enfrentar "tradeoffs difíceis" nos próximos meses, como o aumento da pressão inflacionária e do desemprego.

Os investidores seguem atentos aos próximos desdobramentos da política fiscal brasileira e aos indicadores econômicos globais, que devem influenciar o desempenho do mercado financeiro nos próximos dias.