A farmacêutica brasileira EMS lança nesta segunda-feira (4) a primeira caneta para tratamento da obesidade com fabricação nacional, o Olire, que utiliza o princípio ativo liraglutida. Além do Olire, a empresa também disponibilizará o Lirux, uma caneta para controle do diabetes tipo 2.

A empresa destaca que o Olire e o Lirux não são medicamentos genéricos, mas sim frutos de uma inovação tecnológica exclusiva no país, aprovados pela Anvisa como novos medicamentos de ingrediente ativo já registrado. A aprovação da Anvisa ocorreu no final de dezembro, tornando a EMS a primeira fabricante 100% brasileira a entrar no mercado global de análogos de GLP-1.

A EMS planeja produzir 200 mil canetas de ambos os lançamentos em 2025 e mais de 500 mil unidades em 12 meses. A empresa também prevê o lançamento de canetas de semaglutida em 2026, após a expiração da patente do medicamento no Brasil.

O Olire atua na regulação do apetite e melhora os marcadores de risco cardiovascular, sendo indicado para o tratamento da obesidade. O Lirux é recomendado para o tratamento do diabetes tipo 2. Ambos os medicamentos devem ser administrados uma vez ao dia, por via subcutânea, no abdômen, coxa ou braço, independentemente das refeições.

A EMS informou que as canetas serão comercializadas com preços de tabela entre 10% e 20% abaixo das marcas de referência do mercado, visando garantir maior acesso aos pacientes que necessitam dessas terapias.

A semaglutida e a liraglutida são as principais substâncias utilizadas em canetas injetáveis para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, auxiliando na redução do apetite e promovendo a saciedade. O uso desses medicamentos deve ser acompanhado por um médico e inserido em uma estratégia de tratamento. Estudos indicam uma perda de peso de cerca de 6% em 12 semanas com o uso da liraglutida, que é de uso diário, enquanto a semaglutida é utilizada semanalmente.

Medicamentos como Victoza e Saxenda utilizam a liraglutida, enquanto Ozempic e Wegovy têm a semaglutida como princípio ativo.